Vasectomia

O que é a vasectomia?

Cada um de seus testículos produz espermatozóides (células reprodutoras masculinas). O esperma viaja dos testículos para o pênis através de um dos dois tubos chamados ductos deferentes. No caminho, os espermatozóides se misturam com outros líquidos para formar o sêmen, que sai do corpo durante a ejaculação. 

A Vasectomia representa um dos métodos contraceptivos mais utilizados em todo o mundo. Estima-se que a vasectomia representa 8% de todos os métodos contraceptivos utilizados no mundo todo.

Como é feita a vasectomia?

A vasectomia é um procedimento cirúrgico de pequeno porte que pode ser feito com anestesia local ou com anestesia local e sedação. 

No procedimento, os ductos deferentes são seccionados cirurgicamente e selados. Então é possível  ir para casa no mesmo dia. Isso pode ser feito em um consultório médico, clínica ou hospital.

Como fica depois o sêmen? Ainda é possível ter ejaculação?

O sêmen ainda existe, mas não tem espermatozóides. Após uma vasectomia, os testículos ainda produzem espermatozóides, mas são absorvidos pelo organismo. A vasectomia impede a gravidez melhor do que qualquer outro método de controle da natalidade, exceto a abstinência. A taxa de falha é de menos do que 1 a 2 gestações a cada 1.000 procedimentos por ano.

Não há interferência com a ejaculação ou o prazer. 

O que determina o sucesso de uma vasectomia?

Como todo procedimento cirúrgico, o sucesso está diretamente relacionado com a habilidade cirúrgica do cirurgião e utilização da técnica adequada. Para checar a presença de espermatozóides e sucesso da cirurgia em interromper a passagem de espermatozóides, é solicitado um espermograma de controle em 2-3 meses após o procedimento.

Se ainda houver presença de espermatozóides no espermograma de controle, pode ser necessário aguardar mais um período e realizar novo espermograma de controle. Em caso de persistência mesmo após novo controle, pode ser diagnosticada falha da vasectomia e novo procedimento por ser necessário. 

Quais as técnicas de vasectomia?

Existem diversas formas de realizar a vasectomia. Em geral, realizamos dois tipos:

Vasectomia Convencional

Para uma vasectomia convencional, 1 ou 2 pequenos cortes são feitos na pele da bolsa testicular para alcançar o ducto deferente. O ducto deferente é cortado e um pequeno pedaço pode ser removido, deixando um pequeno espaço entre as duas extremidades. Em seguida, o urologista pode coagular as extremidades do ducto e depois amarrar as extremidades do corte com uma sutura. Esses passos são repetidos no outro ducto deferente, através do mesmo corte ou de um novo. Os cortes escrotais são então fechados com pontos absorvíveis. 

Vasectomia “no scalp” (sem bisturi)

Para uma vasectomia sem bisturi, o urologista procura o ducto sob a pele da bolsa testicular e o mantém no lugar com um pequeno grampo cirúrgico. Um pequeno orifício é feito na pele e aberto para que o ducto deferente possa ser retirado com cuidado. Em seguida, é cortado, amarrado ou queimado. Ao término, é recolocado no lugar.

A vantagem é não haver necessidade de corte na pele ou sutura. 

A realização de uma técnica ou outra será determinada pelo cirurgião de acordo com a avaliação prévia ao procedimento. As taxas de sucesso são semelhantes. 

O que pode acontecer após a cirurgia? Quais são os riscos?

Logo após a cirurgia, há um pequeno risco de sangramento no escroto. Se você perceber que sua bolsa testicular ficou muito maior ou estiver com dor, ligue para o seu urologista ou vá ao pronto atendimento de acordo com a orientação. 

Se você estiver com febre ou seu escroto estiver vermelho ou dolorido, seu urologista deve verificar se há infecção. 

Há um pequeno risco de síndrome da dor pós-vasectomia. A síndrome da dor pós-vasectomia é uma dor constante que pode seguir uma vasectomia. Não está claro o que causa isso, mas costuma ser tratado com remédios anti-inflamatórios. Às vezes, pode ser necessário a reversão da vasectomia para o tratamento da dor. Mas é importante ressaltar que a reversão da vasectomia nem sempre resolve o problema.

Atenção: os estudos mostram que homens que fizeram vasectomia não apresentam maior risco de doenças cardíacas, câncer de próstata, câncer de testículo ou outros problemas de saúde.